segunda-feira, 11 de julho de 2011

SAIBA MAIS SOBRE O COWBOY

UM VERDADEIRO COWBOY é simplesmente irresistível. O texto, construído impecavelmente por Marília Samper, é um drama absurdamente envolvente, que oferece ao público temas como a velhice e a morte abordados de maneira poética, sensível, cômica e comovente. A peça de Marília alterna entre momentos dramáticos e momentos da mais desbragada e delirante fantasia. Intercala situações absurdas que provocam deliciosos momentos de comicidade, francamente risíveis, e situações carregadas do mais profundo sentimento humano. O espetáculo, dirigido pela premiadíssima Liane Venturella, é todo centrado no trabalho do ator e busca o envolvimento total e a identificação do espectador.

UM VERDADEIRO COWBOY traz ao palco um velho (Roberto Oliveira) que acaba de perder sua esposa e antevê a sua própria solidão e abandono. Sua filha (Elisa Heidrich) aparece algumas vezes para cuidá-lo, evidenciando uma relação altamente conflituosa e problemática (refletindo a rede das relações humanas). Quando o velho se encontra no ápice da sua solidão e lhe parece sobre-humana a dificuldade de continuar vivendo, aparece na sua frente uma figura fantástica: o cowboy John Wayne (Marcelo Johann). Esta possibilidade de escapar pela via da fantasia, traz vida ao velho, e enche a montagem de leveza e comicidade. A peça aborda, de forma tocante e agradável, temas tão difíceis como a velhice e a morte.

UM COWBOY NO LA PHOTO

Para comemorar seus 15 anos (1996-2011), o Depósito de Teatro estréia um novo espetáculo: UM VERDADEIRO COWBOY. A peça será apresentada em curtíssima temporada na Galeria La Photo (Travessa da Paz, 44) nos dias 19, 20 e 21 de agosto. Serão apenas três sessões, mas desta vez a estréia está garantida. Os ingressos antecipados já estão à venda. Basta enviar um e-mail para depositodeteatro@gmail.com e receber o ingresso em casa ou no trabalho.

INSCRITOS NO EM CENA

Estava acabando o prazo de inscrição quando decidimos que sim, que iríamos inscrever UM VERDADEIRO COWBOY no festival Porto Alegre em Cena, mesmo que a peça ainda não tivesse estreado, mesmo que ainda não tivéssemos o dvd do espetáculo. Conversei por e-mail com Luciano Alabarse, diretor do festival, que sinalizou positivamente à inscrição da peça. Inscrevemos.
Comecei a acreditar que minha ficha de 35 anos de teatro, mais o nome da Liane Venturella, finalmente contariam pra alguma coisa. Afinal de contas, muitas peças daqui e de fora já estrearam no emCena. Coisas muito boas e coisas muito ruins já estrearam no emCena. O em Cena já custeou produções que estrearam na sua grade oficial. Mais de fora do que daqui é verdade. Inscrevemos. Talvez a peça passe.
Pois é, mas não passou. O máximo que nos ofereceram foi uma apresentação na grade de descentralização do festival. Nada contra a descentralização, muito pelo contrário, mas o que todo mundo quer é estar na grade oficial do festival.