quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

COM A PALAVRA: JÚLIO CONTE

Porto Alegre, 03 de agosto de 2007

Temos vivido no teatro brasileiro e internacional uma celeuma relacionada à emoção. A forma toma um lugar dominante e autoritário a tal ponto que quase não sobra espaço para o humano nem para os afetos. Um temor pelo excesso e descambo em direção ao melodramático ou ao piegas provoca um efeito contrário e retroativo em direção ao escárnio, ao sarcasmo, ao niilismo e a banalização dos afetos. (...) Difícil sustentar um teatro que nega o mais que humano em nós. A emoção é uma arma poderosa para a compreensão dos eventos e dos fatos da vida. (...) Por isso, é mais do que saudável contar com um texto como Um Verdadeiro Cowboy entre os premiados do VI Concurso Nacional de Dramaturgia - Prêmio Carlos Carvalho.
(...) Impossível passar incólume. Valeu a pena ter sido jurado para conhecer Um Verdadeiro Cowboy.

Este depoimento de Júlio Conte, bem como o texto da peça, pode ser lido na íntegra no livro VI Concurso Nacional de Dramaturgia - Prêmio Carlos Carvalho, volume 1, editado pela Secretaria Municipal da Cultura em 2008. Júlio Conte é psicanalista, diretor de teatro e dramaturgo, e integrou a comissão julgadora do referido concurso.

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